domingo, 31 de janeiro de 2016

Futuro

“Só quando a última árvore tiver sido derrubada, o último rio tiver sido envenenado, o último peixe capturado é que vocês entenderão que não se pode comer o dinheiro”.

Autor Desconhecido
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Anjo


A solidão se alastra pelo ambiente frio do quarto.
Os pensamentos se esvaem como a neblina após a chuva.
Na escuridão do aposento, eu tento esquecer o sofrimento de uma vida vazia.
Minha mente circula por um vasto rio de sonhos,
Onde toda a dor parece nunca ter existido.

Não existe luz nem trevas, tempo ou espaço.
Um vazio reconfortante, até onde se pode sentir.
O Nada impera neste lugar de sonhos e pesadelos.

Nesse mundo de vazio e escuridão, eu contemplei o ser mais lindo da existência.
Um anjo, com o perdão emanando de suas asas alvas como as nuvens.
Aquela que iria me redimir de meus pecados, que iria me salvar.
Minha Dama das Trevas, banhada em uma luz angelical.

Após essa visão, tive medo de voltar a minha realidade.
Medo de perder de vista esse anjo lindo,
Que me enchia de alegria pela simples visão de sua face, ou por ouvir tua voz.

Tive medo, como nunca senti em toda minha vida.
Medo de perder meu anjo, minha sanidade, minha paz.
Tive medo também de estar sendo egoísta, querendo aquele anjo só pra mim.
Foi então que descobri.

Aquele anjo não existia. Nada que vi ou senti era real.
Foi apenas minha mente, tentando fugir da realidade que me persegue.
E assim, meu sonho de paz se desfez, despedaçado como um cristal no chão.
Eu caí em profundo sofrimento, pois nunca mais veria meu anjo de luz

Minha dama, minha deusa, minha salvação.
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